segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

A palavra amor, no grego antigo, tinha três sentidos: eros - relacionado ao sexo;philos - relacionado aos entes queridos; e ágape - relacionado ao amor de Deus.

Já no hebraico, a palavra amor, ahava, é isenta de qualquer sentimento.
Nos originais do Antigo Testamento, a palavra amor trata de uma atitude relacionada à fé. Significa entrega, incondicional, da vida à pessoa amada para sempre, sem direito ao divórcio. Difícil? É difícil quando o amor envolve os sentimentos do coração.

Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força. e Amarás o teu próximo como a ti mesmo.Marcos 12.30,31

O amor cobrado nos dois primeiros mandamentos da Lei de Deus não tem nada a ver com o tipo de amor referido nos antigos escritos gregos. Os originais do Novo Testamento foram escritos em grego, mas a expressão do amor ali tratado conserva o mesmo espírito dos originais hebraicos do Antigo Testamento.

Se tratássemos o amor como um sentimento do coração, como sugerem os antigos escritos gregos, não seria possível amar Alguém Invisível, já que o coração precisaver para sentir. Há sentido nisso?

O ahava, exigido na Lei de Deus, está associado à certeza absoluta. Isto é, à fé. Como certeza do que se espera e convicção do que não se vê - a fé prática - é capaz de levar uma pessoa a entregar-se a Alguém Invisível e Desconhecido. Essa oferta ultrapassa os limites dos sentimentos do coração, por mais sublimes que sejam. Porque trata da razão.

Abraão creu em Deus. Sua crença nAquela Voz foi suficiente para obedecê-La. Por conta disso, foi considerado justo ou sem pecado diante de Deus, ao ponto de até ser chamado de amigo de Deus. Tiago 2.23.

Esse é o tipo de amor que o Criador espera da criatura.


8º Dia – Fruto do Espírito

Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Gálatas 5.22

Parece falha no texto. Paulo relaciona nove virtudes, mas um só fruto. Fruto, no singular, significa o coração. Não o coração adâmico, de pedra e rebelde, mas o novo coração de carne, transplantado pelo Espírito Santo.

Este verso poderia ser lido assim: Mas o coração do Espírito é: amor, alegria… Dar-vos-ei coração novo e porei dentro de vós espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra e vos darei coração de carne. Ezequiel 36.26

Obrigatoriamente, os nascidos do Espírito têm novo coração e novo espírito. Novo espírito significa nova mente, a mente Divina. I Coríntios 2.16

Por isso, o novo coração reúne nove virtudes que identificam o caráter de Deus.

Como virtude do novo coração, o tipo de amor em questão não tem nada a ver com o sentimento possessivo, egoísta e carnal tão amado, idolatrado e cultivado neste mundo. Muito pelo contrário!

O amor, bem como as demais virtudes do novo coração, é como o do Eterno. Ele amou ao mundo de tal maneira, que deu Seu Único Filho para que todo o que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna. João 3.16. Esse tipo de amor bate de frente com o amor amado deste mundo. Sem a transformação realizada pelo novo nascimento, é impossível compreender isto.

O amor de Deus foi e tem sido sacrificial. Nada a ver com sentimento. Quem ama com o coração do Espírito de Deus sacrifica pela amada e vice-versa. Porque assim como a fé, o amor exige sacrifícios. Quem ama não quer casar para ser feliz, mas quer fazer o amado feliz. Quem ama ao Senhor Jesus Cristo quer agradá-Lo com uma conduta sacrificial.

7º Dia – O beijo de Judas


“Falava Ele ainda, e eis que chegou Judas, um dos doze, e, com ele, grande turba com espadas e porretes, vinda da parte dos principais sacerdotes e dos anciãos do povo. Ora, o traidor lhes tinha dado este sinal: Aquele a quem eu beijar, é Esse; prendei-O.” Mateus 26.47-48

Apenas para você se situar nesta mensagem, Judas representa aquele (a) que se diz de Deus, mas dEle não tem nada; pelo contrário, são instrumentos do diabo que se aproximam de uma moça ou de um rapaz (obreiro, obreira ou membro), que sinceramente quer alcançar a salvação.

Ele vem com uma turba de demônios armados até os dentes, para destruir almas preciosas do nosso Senhor Jesus, usando a ansiedade na vida sentimental.

Nos dias atuais, temos visto um número grande de pessoas dentro das igrejas, especialmente mulheres – por serem mais envolvidas aos sentimentos, inclusive obreiras – que têm sido alvejadas com o beijo de Judas pelo simples fato de estarem com os olhos espirituais pesados de sono, a exemplo de Pedro, Tiago e João. Mateus 26.43

“Levantai-vos, vamos! Eis que o traidor se aproxima.” Mateus 26.46

Jesus estava “vigiando e orando”, ou seja, armando-se para resistir ao ataque satânico que veio não por intermédio de Zaqueu, que era um incrédulo e ladrão, nem pela mulher que foi surpreendida em adultério, muito menos pelos pecadores com quem Ele comeu, porém, com alguém que convivia ao Seu lado, que se mostrava da fé, mas que no fundo era diabo. “Não vos escolhi eu em número de doze? Contudo, um de vós é diabo.” João 6.70

E não é isso o que temos visto? Falsos obreiros, falsos membros, falsos cristãos, que travestidos de uma roupagem cristã e explorando a carência sentimental de suas vítimas, se aproximam de uma forma sorrateira e traiçoeira, em acordo com os demônios que combinam com um sinal: “a quem eu beijar, é Esse; prendei-O.”

Ele se aproxima com palavras doces e belas, como fez com Jesus: “Salve, mestre! E O beijou.”

O Senhor Jesus estava vigilante e em espírito. E você, obreira? E você, obreiro? E você, mulher ou homem solteiro que tem desejado ser feliz no amor, casar e construir família? Não há nada de errado nesses desejos, diga-se de passagem, mas fica o alerta: cuidado com a ansiedade, “vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca.” Mateus 26.41

Espírito: razão, inteligência.
Carne: coração, sentimento.

O diabo continua à procura de almas preciosas (obreiros, obreiras, etc.) para lhes desferir “o beijo de Judas”.

Bispo Sergio Corrêa

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

JEJUM DE DANIEL6º Dia – Sim senhor, coração!


As Escrituras Sagradas possuem quarenta escritores, entre os quais estão reis, príncipes, poetas, filósofos, profetas, estadistas, um médico, um coletor de impostos e um advogado.

Oriundos de diversas classes sociais, alguns eram instruídos em todos os estudos da época, enquanto outros eram pescadores sem cultura.

O Antigo Testamento foi escrito em hebraico. Apenas alguns textos foram escritos em aramaico. O Novo Testamento foi escrito, originalmente, em grego, que era a língua mais utilizada na época.

Apesar de possuir vários escritores de classes diferentes, instruções diferentes e tempos diferentes, toda a Bíblia foi escrita num período aproximado de 1600 anos (entre 1500 a.C e 100 d.C), mesmo assim, ela não se contradiz em nenhum momento. Isso se deve ao seu Único Autor, Única Mente e Único Espírito de Deus, Inspirador de seus escritores e servos.

A Bíblia é Deus falando ao intelecto humano. Falando por meio do homem, falando como homem e falando a favor do homem; mas é sempre Deus falando.

E no Seu cuidado com a raça humana, diz:
“Dar-vos-ei pastores segundo o Meu coração, que vos apascentem com conhecimento e com inteligência.” Jeremias 3.15

É extremamente importante observar na meditação bíblica o Espírito Santo arremetendo-nos a uma consciência de fé pura.

Fé isenta de sentimentos, isenta de ilusões, isenta de fanatismos, enfim, isenta dos cinco sentidos naturais. Mas não isenta de tribulações, até porque são estas que nos fazem crescer, amadurecer e desenvolver a fé.

Como sexto sentido, a fé sobrenatural é concedida aos nascidos do Espírito, a fim de vencerem até o mundo para a conservação da salvação eterna da alma.

“… porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé.” I João 5.4

Como os ouvidos físicos provam as palavras, e o paladar a comida, assim também os ouvidos espirituais
provam da boa Palavra de Deus e sustentam a fé sobrenatural que vence o inferno das dúvidas.
Os ouvidos espirituais são sensíveis à voz de Deus, mas resistentes à voz do coração.

Infelizmente, quase todos os que se dizem cristãos têm sido sequestrados pelos sentimentos do coração.
Também, pudera, querem Jesus apenas como Salvador. Senhor, só o coração.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

5°dia do JEJUM DE DANIEL


A fé tem mistérios que, por falta de discernimento espiritual, tem confundido e iludido as pessoas não transformadas.
Pedro teve fé para andar sobre as águas, mas não teve a mesma fé para se manter sobre elas.
Por quê?
Porque há dois tipos de fé: a fé racional e a fé emocional.
A fé racional pensa, concorda e age de acordo com a Palavra de Deus, independentemente do que sente ou deixa de sentir.

Já a fé emocional submete as Escrituras Sagradas aos sentimentos do coração. Parece absurdo, mas tem sido muito comum, ultimamente.

Quando não se alia a fé sobrenatural ao intelecto, os sentidos naturais do coração prevalecem e os resultados são pífios.

A fé emotiva tem se fundamentado nos sinais de curas e milagres visíveis. Por conta disso, se mantém na "fé", por algum tempo. Porém, sobrevindo as tempestades, abandonam a "fé". Daí a razão de ex-pastor, ex-obreiro, ex-membro, ex-esposa de pastor, ex-liberto, ex-salvo, ex-cristão…

Pedro foi vítima desse tipo de fé. Só porque viu Jesus andar sobre as águas teve fé para andar também. E andou. Mas por pouco tempo.

Isso é o que tem acontecido com os que vivem na base da fé emotiva. Andam com Jesus por algum tempo. E quandosentem muito a falta de uma tampa para sua panela, por exemplo, acabam se deixando queimar pelo fogo do coração e agarram o primeiro fogão de lenha. Depois ficam desesperadas procurando lenha para sustentar o fogo.

Já os sábios não são assim. Raciocinam. E quem raciocina não se satisfaz com migalhas. Pensa grande. Pensa de acordo com os pensamentos do Todo-Poderoso.
Quem usa a fé racional pensa, imagina e projeta seus sonhos para um futuro promissor que começa no presente.

Não é imediatista nem dá a mínima para “as coisas que se veem, mas as que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não veem são eternas.” 2 Coríntios 4.18

Os sábios têm discernimento. Sabem que a construção na areia é fácil e rápida, mas não oferece segurança. Sua cautela racional escolhe a Rocha para construir.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

4°dia do JEJUM DE DANIEL


“Sete mulheres, naquele dia, lançarão mão de um homem, dizendo: Nós mesmas do nosso próprio pão nos sustentaremos e do que é nosso nos vestiremos; tão-somente queremos ser chamadas pelo teu nome; tira o nosso opróbrio.” Isaías 4.1

Naquele dia, diz respeito aos dias de hoje em diante. Vamos conferir:

A revolução industrial arrancou a mulher do lar para o trabalho. Com o tempo, ela foi obrigada a estudar e se preparar melhor. Aos poucos, foi dividindo responsabilidades com o marido na manutenção da família.

Isso a separou do estado de dependência do marido e a colocou em condições de igualdade nas decisões familiares. Tornou-se independente e cabeça como o marido. Solapou a liderança isolada do marido, tornando-se sua sócia, com direito a ser cabeça também.

A partir de então, a família passou a ter duas cabeças. E, pelo andar da carruagem, cedo ou tarde, ele tomará o lugar dela em casa e ela o dele no trabalho.

Seu avanço custou o espaço do marido.

Ótimo!? Excelente!? Mas a que preço?

Paulatinamente, tudo corre de forma natural. Mas para onde? Até que ponto o sexo frágil suportará o peso das responsabilidades, até então, exercidas por ele?

Na profecia, as sete mulheres representam a mulher dos últimos dias. Dias que precedem a volta do Senhor Jesus Cristo.

São livres, são independentes e cabeças. Sustentam a si mesmas e atendem quase todas suas necessidades.

O que lhes falta ainda conquistar?
Falta conquistar o atropelado nas conquistas: o Homem.

Daqui para frente e cada vez mais acentuado, Homem, com "h" maiúsculo, será tão raro quanto uma pérola negra. E quando um for achado, elas se renderão, se humilharão e o implorarão para lhes arrancar o opróbrio e terem o direito de serem chamadas pelo seu nome.

É claro que essa profecia não se aplica às virgens prudentes, os nascidos do Espírito Santo.
Nenhuma profecia condenatória se aplica aos fiéis do Senhor Jesus. Porque, assim como no Egito os filhos de Israel foram protegidos das dez pragas, os nascidos do Espírito serão guardados destes dias tenebrosos.
Por isso a necessidade de ter a vida transfigurada, a exemplo de Jesus no Monte Tabor.

Sejam livres do espírito da ansiedade, em o Nome do Senhor Jesus!