quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Mudança de vida no Força Jovem




Meu nome é Lilian Coelho Santos, tenho 20 anos e gostaria de contar um pouco do meu testemunho. Tudo começou quando desde que eu era criança. Pelo fato de meu pai beber muito e agredir minha mãe eu fui ficando uma criança revoltada e assim eu cresci. Aos 9 anos eu já tinha dentro de mim um desejo de matá-lo por causa das coisas que ele fazia, pois, além de espancar minha mãe, ele espancava a mim e meus irmãos. Éramos em 8, e 2 irmãos eu perdi na vida do crime. Eu ficava planejando como matá-lo, e por causa desse sofrimento eu fugi de casa quando tinha 11 anos. Ali começou o inferno na minha vida, pois foi quando aprendi a usar drogas e morei nas ruas.
Por 4 anos morei na rua. No início, parecia que todos eram meus amigos, mas eu vivia drogada e na hora não me lembrava que tinha uma mãe sofrendo em casa. Apanhava da polícia, cheirava cola, usei crack, lança perfume, maconha, cocaína e, para sustentar tantos vícios, comecei a me prostituir, vendendo meu corpo em troca de drogas. Havia noites que me relacionava por R$ 50 e outras vezes cheguei a roubar por causa dos vícios. Mesmo sendo nova, ia aos mercados e roubava, pois vendendo o que havia roubado, conseguia as drogas que meu corpo necessitava. Dos 12 aos 16 anos não conseguia mais estudar. Sempre que tentava ir à escola eu arrumava confusão, brigava muito e por várias vezes fui suspensa.
Nesses 4 anos, voltei para casa diversas vezes, ficava alguns meses e voltava para a rua. Eu não aguentava a minha casa e, por isso, saía às sextas–feiras, ia para as baladas e voltava só na segunda-feira; havia vezes que nem voltava.
Aos meus 14 anos, por viver sempre rodeada dos que eu achava que eram amigos, comecei a surfar em cima do trem. Na época, eu achava que era o máximo, era uma adrenalina, a sensação do vento bater no rosto e a gente conseguir se equilibrar em cima do trem, até que um dia eu caí e o trem passou por cima da minha perna. O próprio maquinista me socorreu; creio que foi Deus que fez isso, e fiquei internada por 2 meses e 15 dias, mas mesmo assim não me entreguei a Deus.
Depois que perdi minha perna, fiquei pior, pois pensava assim: “Já perdi a perna, só falta perder a vida. E com esse pensamento me aprofundei nas bebidas e nas drogas, pois achava que não tinha nada a perder. Saía com homens casados, não me importava mais com nada e, acreditem, eu usava muletas, mas ninguém me parava.
Aos 16 anos foi meu fundo do poço, pois mesmo fazendo muitas besteiras ainda não havia tentado contra minha própria vida.
Meu irmão, que hoje é obreiro, havia sido jurado de morte e foi para a Bahia fugir dos que queriam matá-lo, e lá minha irmã já era obreira e o ajudou muito. Eu fiquei aqui em São Paulo e tentei o suicídio. Tentei cortar meus pulsos e ficava sempre maquinando como poderia me matar.
Depois de um tempo, meu irmão voltou da Bahia transformado. Ele era um homem de Deus e isso chamou minha atenção. Meu irmão, que assim como eu era dependente das drogas, de repente volta outra pessoa, sem medo dos que queriam matá-lo e com um semblante calmo; era outro homem e ele me evangelizou, ou melhor, ele me desafiou, dizendo que se eu me entregasse para Deus eu iria mudar, e se nada acontecesse eu poderia ficar com a vida que eu tinha. Isso foi quando eu achava que para minha vida não havia mais solução.
Fui para a Igreja Universal do Reino de Deus de Carapicuíba (SP) e ali começou a minha libertação. Durante um mês fui todos os dias à igreja, de domingo a domingo, tamanha era a minha sede e necessidade de buscar a Deus. Após um mês, me batizei nas águas, tive meu encontro real com Deus e fui batizada com o Espírito Santo.
Sei que Deus conhece o nosso coração e ele fez tudo na minha vida. Ele sabia que sem a presença dele eu não conseguiria largar o que larguei, e por isso me selou com o Seu Espírito e eu nunca mais fui a mesma. Hoje, sou uma jovem realizada na minha vida espiritual, tenho dois irmãos obreiros, minha mãe frequenta a igreja, e meu pai, que era o motivo da minha dor, está indo à igreja também. Sei que Deus fará a obra completa na minha família, pois só Ele mesmo para me aceitar. Deus abriu as portas e pude colocar uma prótese. Hoje sirvo a Deus como obreira, mesmo com uma prótese, para que todos saibam que nem o nosso Deus nem a nossa Igreja fazem acepção de pessoas.
Todos os dias, sirvo ao meu Senhor com prazer, e Ele, na Sua misericórdia, me usa para salvar outras vidas.
Tenho meu propósito em servi-Lo no altar ao lado de um homem de Deus por esse mundo a fora, e sei que ele fará isso a seu tempo.
Obrigada pela oportunidade de colocar meu testemunho para honra e glória do Senhor Jesus. Sou obreira na Catedral de Santo Amaro (Av. João Dias ,1800 – São Paulo) e faço parte da Força Jovem, onde procuro, com meu testemunho, ajudar outros jovens.
Que Deus em tudo o abençoe e, como o senhor sempre diz: “Vai arrebentar!”

Lilian Coelho Santos

Postado pro Obr. Wesley

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