sábado, 5 de fevereiro de 2011

Entrevista com pastor Jean sobre sua peregrinação ao Monte Sinai



“Ser líder é conduzir os jovens à realização dos seus sonhos”, frase dita constantemente pelo pastor Jean Madeira (FJB) durante as reuniões da liderança da Força Jovem e foi exatamente com esse objetivo, que ele não mediu esforços nesta condução e em peregrinação ao Monte Sinai, no Egito, em três horas de ofegante caminhada, chegou ao cume a fim de clamar a Deus para que Este torne realidade os sonhos daqueles que agiram a fé na mais recente Fogueira Santa de Israel. Em entrevista à repórter da VPR de São Paulo, o pastor Jean fala sobre essa experiência.


Pastor, como foi a ida do senhor ao Egito?

Embarquei no avião às 17 horas, em Guarulhos, com destino à Itália. Foram 10 horas de viagem. Quando aterrissei no aeroporto de Roma, fiquei impressionado. Ele é tão extenso, que para ir de um portão ao outro é necessário pegar um trem. Cinco horas depois, peguei o vôo de conexão para o Egito que durou mais seis horas e quando cheguei ao Aeroporto do Cairo encontrei o pastor Irineu, responsável pela Igreja Universal da Bolívia e também estava indo ao Monte Sinai.
Já era noite quando chegamos ao hotel e às duas da madrugada, um guia egípcio nos buscou para seguirmos em direção ao Sinai. A viagem de van durou seis horas e o que mais me chamou a atenção foi o caos no trânsito daquela região. A impressão que se tem é que não há legislação e cada um faz o que quer enquanto dirige. É uma bagunça, os motoristas agitados, de maneira desordenada fazem conversões no meio da pista, não usam cinto de segurança e quase atropelam uns aos outros. O motorista dirigia a 150, 160 km/h, eu chegava a me segurar no banco com força, pois parecia que íamos bater.
Chegamos na base do Sinai por volta das 8 da manhã. Lá, encontramos o pastor Valdir, responsável pela IURD no Japão e demos início à subida com mais um guia israelense e um beduíno, morador da região, que com seu camelo, teria a função de nos acompanhar, no livrando do precipício.


E como foi a sensação de ver o Monte Sinai pela primeira vez?
Inexplicável. Apesar de estar muito frio, cerca de 6 graus, a sensação térmica era menor ainda. Porém, foi emocionante demais contemplar o monte de Deus, o local que Ele afirmou em Sua Palavra que escolheu para morar. Além disso, eu estar ali já era a realização de um sonho.


O senhor teve dificuldade para subir o monte?
Muita. Foi extremamente sacrificante e é por isso que Deus sempre honra a Campanha da Fogueira Santa de Israel. Ainda no início, já era difícil encontrar fôlego, meus lábios cortaram, sentia a pele do meu rosto rachar e um constante gosto de sangue na boca. Foram três horas de caminhada, total sacrifício, pouca água e nada de comida. Parávamos para descansar um pouco e logo prosseguíamos subindo em espírito de oração e ao mesmo tempo, louvando a Deus por estar ali naquele lugar tão sagrado.
Ficamos lá em cima, no topo do Sinai, clamando por volta de umas duas horas. Com fervor, os pastores que estavam comigo, oravam, cobrando de Deus a resposta para o povo que estavam representando e eu, com a bandeira da Força Jovem nas costas, apresentei a Deus cada líder, obreiro, jovem e pessoa que participou dessa campanha, determinando o milagre e a realização dos sonhos. Em seguida, queimamos os pedidos e os fios de cabelos e, somente quando descemos, o beduíno improvisou uma fogueira no local onde preparou e nos serviu pão sírio e café.

O que mais lhe chamou a atenção quando chegou ao topo do Sinai?
O silêncio. Não havia sequer um passarinho naquele lugar. O mundo é todo confuso, muito barulhento. Eu acredito que Deus escolheu o Sinai para meditar, o local que Ele pensa, faz planos e as rochas, inúmeras pedras que existem ali, parecem aqueles rascunhos de papel. É como se Deus escrevesse, amassasse e jogasse no chão, fazendo novas todas as coisas na vida daqueles que agem a fé e nunca deixam de sonhar.

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